Problemas também com o Mogno Africano plantado no Brasil

O Mogno Africano também tem seus problemas no cultivo, conforme postado por Fabricio Angelo em seu Blog: http://midiaemeioambiente.blogspot.com/2010/08/pragas-controladas-sem-impacto.html

Na citação exata sobre o Mogno Africano desse link acima, ele escreve:

“(…) Resistência dos produtores

O INCT de Controle Biorracional de Insetos Pragas também está colaborando com a eliminação de uma doença que atinge o mogno africano (Khaya ivorensis). Essa espécie fornecedora de madeira foi importada com o intuito de substituir o mogno brasileiro (Swietenia macrophylla), alvo da lagarta da mariposa Hypsipyla grandela.
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Entretanto, embora resistente à mariposa, o mogno africano começou a ser alvo de um fungo que atinge o seu tronco e o deforma, inutilizando a parte comercialmente mais valiosa da planta. O trabalho conjunto com a Ceplac do Pará objetiva encontrar uma solução para o problema.

A pesquisa foca ainda em diversos tipos de lagartas que atacam lavouras. Estão em testes substâncias naturais que inibem o desenvolvimento de suas larvas ou que produzam insetos incapazes de atingir uma plantação.

Embora ambientalmente mais saudável, o controle biorracional de pragas enfrenta um grande obstáculo para sua aplicação: a resistência dos produtores rurais.

“Esse é o maior obstáculo, não apenas no Brasil, mas em diversos outros países. Muitos produtores consideram mais fácil a aplicação de inseticidas e a eliminação completa do inseto causador do problema, ainda que ele seja importante para outras plantas e culturas”, lamentou Maria de Fátima.
INCT de Controle Biorracional de Insetos Pragas: http://www.cbip.ufscar.br “.
Bem interessante também o ponto de vista sobre os insetos que tanto desejamos matar,(chamamos de pragas), mas que tem papéis importantes na natureza… É necessário bastante cuidado ao realizar nossos projetos para fazer sempre a coisa certa, tentando atrapalhar pouco a natureza.
Abraço a todos!

Instrução Normativa nº 3, de 8 de setembro de 2009.

Dever de casa de quem quer fazer reflorestamento com fins lucrativos: ler isso aí até decorar tudo que for importante: INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 3, DE 8 DE SETEMBRO DE 2009

Vamos comentando juntos sobre essa Instrução nesse tópico para depois termos uma referência na internet de como deve ser feito. Os advogados/reflorestadores fiquem a vontade para comentar aquilo que parecer difícil de entender.

Abraço a todos!




Nosso segundo hectare plantado

O segundo hectare está plantado e as mudas já estão crescendo. Dessa vez não tem Guanandi: é só mogno brasileiro e cedro australiano, plantados um diferente do outro na sequência, sempre variando.

Tivemos problemas com cupim e formiga e, aliás, persistem as formigas, mas de forma controlada. Está sendo necessário vistoriar o terreno semanalmente.

Ficar sem vistoriar significa perder mudas plantadas na certa. Formigas fazem mais hora extra do que médico de Hospital de Pronto Socorro. (aliás, trabalham a noite também que é uma beleza! Cortam tudo!). Quem dera se fôssemos bons de serviços como elas. Segue aí um video muito interessante de como é a organização das formigas. Vale a pena assistir!!! (As saúvas – Uma sociedade de formigas)




Mesmo com toda essa vistoria e cuidado no plantio, houve uma perda por volta de 25% das mudas plantadas. Fizemos 3 replantios, mas nossas mudas estavam pequenas demais no replantio e sofreram com o sol forte e período sem chuva de 3 semanas.

Graças a Deus choveu nessa última semana (como já disse no artigo anterior, esse novo plantio não tem irrigação). Choveu forte inclusive. Isso deu força para todas as mudas plantadas no novo terreno. Os 75% restantes estão evoluindo muito bem e já tem muda com dois palmos de comprimento.

Essa parte da nossa fazenda tem uma terra boa, mas o terreno estava muito batido e, claro, passamos trator para preparar o solo. Em seguida, furamos os buracos para as mudas. Isso tudo aconteceu em dezembro 2009 e janeiro/2010. Reposições de mudas que morreram aconteceram até início de fevereiro.

No final de 2010 e início do ano que vem, quando entrarmos novamente no período de chuvas, provavelmente iremos fazer o novo replantio, com mudas maiores que já estamos fazendo desde já. Reparamos que, para plantios onde não há irrigação ou período extenso de chuvas, é interessante plantar mudas mais desenvolvidas. Mudas muito novas sofrerão demais em períodos de sol forte e falta de água, mesmo no período de chuvas.

Bom, enquanto isso, um dos nossos exemplares de mogno brasileiro no plantio irrigado já está com uns 3 metros ou mais. Temos exemplares de cedro australiano nesse plantio com uns 2 metros. Guanandi estão com uns 1,80m mais ou menos. (Citei aqui os maiores exemplares do plantio irrigado. Existem exemplares que estão menores, mas estão todos evoluindo bem). Nosso plantio irrigado irá fazer 2 anos em breve.

Em breve contaremos aqui como está o comportamento dessas 2 espécies no plantio novo, sem irrigação, e poderemos concluir quem está se saindo melhor: cedro australiano ou mogno brasileiro. Espero que dê empate e ambos estejam ótimos, senão vamos ter que plantar de novo e minhas costas vão estourar.

: )

Abraços e ótima semana a todos.

Blog Mogno Brasileiro em 2010!

Gente, que correria viu! Final de 2009 com mil coisas para resolver, eu ainda ficando noivo e correndo atrás de mais 1000 coisas no trabalho agora em 2010 (tenho empresa de desenvolvimento de sistemas www.triadbrasil.com.br).

Mas os plantios continuam!




O plantio irrigado, (esse que sempre relato no blog) está bem desenvolvido! Tem espécie de mogno brasileiro, cedro australiano e guananti bem maior que eu (estão com uns 2 metros)! Isso com pouco mais de 1 ano. Estamos bem satisfeito com o custo/benefício do nosso plantio. Claro que tem muda que está mais atrasada, pequena… Mas em breve estarão enormes também e tudo vai dar certo.

Bom, a novidade é que já estamos trabalhando em outro 1ha de terreno plantado! As mudas já estão no chão (desculpe pela “traição” de até agora não ter relatado isso em detalhes) e em breve tiro fotos e relato nossa evolução. O tempo está muito corrido para nós nesse primeiro mês do ano…

Estamos correndo contra o tempo para eliminar as pragas (formigas e cupins) e plantar tudo agora na época de chuvas (repor aquelas que morrerem, inclusive). Já está tudo bem encaminhado! Estamos com essa pressa toda porque esse novo plantio não terá irrigação.

Bom… essa é a posição sobre nossas evoluções. Trago fotos em breve sobre como está esse novo plantio e o que já gastamos com ele.

Abraço e ótimo plantio a todos em 2010!!!!!

Ponteira das mudas em ótimo estado

Quero mostrar nesse artigo a situação das ponteiras (ápices) das espécies que plantamos em nosso projeto.




Como já citado várias vezes, plantamos mudas de guanandi, cedro australiano e mogno brasileiro. Já se passaram quase 7 meses de plantio no solo, pouco mais de 1 ano e meio de projeto desde o plantio das sementes.

Como podemos ver, as fotos abaixo ilustram bem a saúde de nossas plantas (idade média de 1 ano desde a germinação):

Ponteira (ápice) - cedro australiano

Cedro Australiano

Ponteira (ápice) - Guanandi

Guanandi

Ponteira (ápice) - Mogno Brasileiro

Mogno Brasileiro

Como dica de leitura sobre plantio consorciado, leiam o artigo:

Assis Brasil Guimarães Neto , Jeanine Maria Felfili, Gilson Fernandes da Silva, Lucas Mazzei, Christopher William Fagg e Paulo Ernane Nogueira (AVALIAÇÃO DO PLANTIO HOMOGÊNEO DE MOGNO, Swietenia macrophylla King, EM COMPARAÇÃO COM O PLANTIO CONSORCIADO COM Eucalyptus urophylla S. T. Blake, APÓS 40 MESES DE IDADE).

Abraço a todos!

Tomate entre as espécies de árvores e crescimento das mudas!

E foi Tomate mesmo o escolhido para ser plantado, inicialmente, entre o Mogno Brasileiro, Guanandi e Cedro Australiano. Será um teste inicial.

Eu e Gustavo tínhamos pensando em várias possibilidades de plantio há algum tempo atrás, mas Gabriel já chegou querendo plantar Tomate mesmo entre as espécies de árvores plantadas. E já chegou também trazendo sementes de uns Tomates que ele anda trabalhando na tese de Doutorado dele de Lavras (UFLA-MG) sobre melhoramento genético.

 


Os pés de tomate já estão ótimos e com uma evolução muito boa. Não tem um pingo de remédio sobre eles, ou seja, é ficar maduro e comer sem problemas! Se essa idéia vingar mesmo, iremos pensar na venda para lojas de produtos orgânicos aqui de Belo Horizonte… Mas isso são apenas idéias (ainda).

Abaixo segue algumas fotos do plantio de Tomate entre o Mogno Brasileiro. Esse verde mais intenso, rasteiro, é capim querendo se animar com as últimas chuvas. Teremos que fazer manutenção disso, se necessário:

Plantio de Tomate entre as espécies de árvores.

Gabriel estaquiou o plantio de Tomate com bambú:

Tomates e Mogno Brasileiro

Daqui alguns dias devemos já colher alguns tomates. Assim que isso acontecer, informamos sobre a qualidade deles. Se alguma praga acometer também, comento aqui no Blog num próximo artigo.

Enquanto isso, as espécies de árvores estão crescendo muito bem. Dêem uma olhada no maior exemplar que temos no nosso plantio:

Altura do nosso maior pé de Mogno Brasileiro até então...

Eu tenho uns 1,75m de altura. Esse Mogno Brasileiro aí está com seus 1,65m (contando com o tempo de muda no saquinho, tem no total 1 ano e 3 meses aproximadamente). O crescimento está bom. Tirei outras fotos que ilustram melhor o incremento de madeira que anda tendo (caule ainda bem novo, claro), mas que já demonstra bem a evolução. Se visualizarem aí alguns artigos anteriores perceberão que o incremento está ótimo!

Caule um pouco mais grosso que a mangueira de gotejamento agora.

Irei demonstrar no próximo artigo como estão boas as ponteiras das mudas plantadas. Por enquanto (graças a Deus) nenhum sinal de pragas que possam vir a atrapalhar nossos cronogramas.

Caso mudemos de idéia sobre o que plantar entre as espécies de árvores também, informamos a vocês aqui e explicamos o porquê de escolhermos outra opção.

Abraço a todos e obrigado pelos e-mails que temos recebido de elogios. Nosso trabalho é feito com a ajuda de todos, por isso não deixem de contribuir também com o relato de vocês!

E o espaço que tem entre as mudas?

 

Esse final de semana (08/08/2009) eu e Gustavo vistoriamos o sistema de irrigação novamente (sempre que vamos a fazenda fazemos isso). Gabriel já havia feito há algumas semanas atrás e inclusive substituiu algumas mudas.

Gustavo também viu algumas mudas ruins e já substituimos. Isso tem acontencido principalmente com as de mogno brasileiro. Não por serem frágeis, mas pelo sistema de irrigação algumas vezes ficar um pouco fora do lugar e pingar uns 30 cm fora da planta justamente onde o mogno brasileiro foi plantado.

 


Como já dissemos, a mangueira do gotejo parece se mexer e acomodar a medida que o tempo vai passando (sol, pressão interna da água etc) e isso acaba tirando-as da posição correta… mas vamos corrigindo isso sempre até acertar. Isso não tem prejudicado boa parte não…só acontece com algumas mudas (principalmente as últimas que foram plantadas………)

Mas, nesse artigo, gostaria de falar sobre o que a gente poderia já pensar em plantar entre os corredores de mudas. A pergunta então é essa que está no título: “E o espaço que tem entre as mudas”, ou seja, e os corredores?

Como já mostrado anteriormente, é fácil perceber o espaço reservado entre os mudas. Já estávamos pensando em cultivar algo entre os corredores de mudas…mas o que seria? Até deixar o próprio capim crescer para gado poderia ser uma idéia (depois das árvores crescerem, claro!). Mas qual seria a mais viável?

Andando pelo plantio, veja só o que acho, junto a uma muda de guanandi:

Em um primeiro olhar vocês podem dizer: “meu filho, isso é mato…arranca isso porque está sufocando seu guanandi!” Mas que nada, sô. Tá crescendo aí é um pé de tomatinho do bão.

Então já veio a cabeça: por que não plantar desse tomate daqui um tempo? Ou deixar esse braquiária aí crescer para o gado? Ou as duas coisas ao mesmo tempo.

Eu e Gustavo ficamos discutindo a respeito das possibilidades e o que seria mercado consumidor interessante para vários tipos de plantios diferente no meio daquelas mudas de árvores grandes.

Bom…ao final ficamos com muitas idéias e os tomatinhos que viram aí foram surrupiados do pé e foram para nossos pratos no almoço.

Ha, para dizer que não mostrei uma muda em desenvolvimento, abaixo segue um pé de cedro australiano crescendo a todo vapor:

Bom…essa foi nossa prosa do final de semana… Apesar de muito caminho a trilhar ainda, já estamos pensando nesse espaço vazio existente entre os corredores de mudas. É importante sempre pensarmos na vialização do que temos com inteligência e respeitando a natureza. Ao final, todos saem no lucro.

Abraço a todos e boa semana!

1 mês depois do plantio…

Estive na fazenda por mais 2 vezes depois da irrigação pronta e alguns pontos importantes já podem ser notados.

A pressão no sistema de irrigação como um todo precisa de monitoramento para se assegurar que todas as mudas estão sendo irrigadas corretamente. Como temos “várias variáveis”, é necessário uma análise minuciosa sobre possíveis problemas que estejam acontecendo e impedindo que todas as mudas recebam água.

Digo isso porque o sistema de irrigação ficou um pouco falho, principalmente nas últimas filas (mais afastadas da bomba) de mudas. Mas os problemas são simples de serem resolvidos e inclusive não aconteceram logo que instalamos tudo (ou seja, o trem já funcionou direito! Vai ter que voltar a funcionar, uai!!)

 


Bom… primeiro com relação as linhas (mangueiras) secundárias, que tem os gotejadores: elas foram esticadas e amarradas ao final, cada uma na sua estaca, quando fizemos o sistema de irrigação. Mas com o tempo (sol batendo sobre elas, dilatando as mangueiras, acomodação do solo arado, etc….) elas saem um pouco do lugar, fazendo com o que as mudas passem a não receber mais o gotejamento na posição correta. Consequência disso é a lentidão no desenvolvimento das mudas, já que a água está caindo longe de onde deveria.

Segundo: Encontrei também um pequeno furo em uma das linhas secundárias. Estava esguichando muita água por esse furo, o que alterava demais o gotejamento para aquelas mudas que estavam depois dele, deixando-as praticamente sem gotejo. Tive que cortar no local da mangueira onde havia o furo e fazer uma conexão com a junta específica para a manqueira. Esse negócio de ficar colocando borracha e não sei o quê lá pra vedar não tá com nada. Tem que deixar tudo bacana para evitar erros. Borrachas (gomas de câmera de ar, por exemplo) apertam demais a mangueira que é bem maleável e alteram a pressão do conjunto, mudando tudo.

Terceiro: em decorrência de tudo isso, umas 8 mudas de mogno brasileiro precisarão ser replantadas. Elas não estão completamente secas e mortas no chão, mas como ainda temos umas 300 mudas dessa espécie no viveiro mais sadias, achamos melhor já colocá-las para já evoluirem no campo.

Bom, feitos esses reparos, esperamos que volte a ficar tudo certinho.

A grande maioria das mudas estão recebendo gotejamento perfeitamente e se desenvolvem que é uma beleza. Não tirei fotos dessa vez, mas no próximo artigo mostro como está ficando. Não tem chovido por lá, mas o sistema está fazendo sua parte.

Abraço a todos e boa semana!

Mudas 100% plantadas e irrigação funcionando perfeitamente

É … agora está tudo funcionando perfeitamente. O sistema de irrigação está ok e, desde a captação da água até o gotejamento, está tudo funcionando corretamente.




Todas as 625 mudas plantadas (cedro australiano, mogno brasileiro e guanandi) estão recebendo gotejamento, mas uma coisa percebemos: com o tempo as adutoras secundárias (onde ficam os gotejadores) vão dilatando e acomodando no terreno. Com isso, algumas delas tiraram os gotejadores da posição certinha das mudas. Tivemos que corrigir (esticar novamente) uma dessas adutoras, mas o resto está aceitável.

Mesmo que o gotejo saia um pouco do lugar, ainda é possível que a água cumpra seu papel e mantenha a muda irrigada… não precisa ser exaaaaatamente em cima da planta não. Prova disso é que o terreno está seco como um todo (pois não chove na região intensamente há algum tempo) e elas estão verdinhas, como mostra a foto abaixo, pois o gotejamento funciona bem:

Cedro Australiano - 1 mês de plantio no terreno

O terreno está bem seco, mas ao chegar perto das mudas é fácil vê-las molhadas e bem sadias, como mostra a imagem abaixo:

Terreno seco, mas as mudas estão ótimas!

Em breve será necessário fazer a aplicação de adubo/remédio no plantio. Quando isso acontecer, irei mostrar com detalhes o sistema de irrigação ajudando nessa tarefa, ao espalhar tudo pé a pé.

Assim que tiver novidades sobre o comportamento do plantio, posto aqui para vocês. Por favor, fiquem a vondade para perguntar. No que pudermos ajudar, estamos aí.

Abraço a todos e boa semana!

70% das mudas plantadas e sistema de irrigação funcionando!

Esse final de semana, extendido do feriado de 21 de abril, foi produtivo também assim como o final de semana passado. Conseguimos plantar a maioria das mudas e a irrigação está funcionando perfeitamente.

 


Tivemos problemas com o tamanho das adutoras secundárias (canos menores que passam pelas mudas) que estavam extremamente difíceis de encaixar nos bicos de saída da adutora principal. Mas esquentando a ponta das mangueiras com água quente, a ponta relaxa e fica fácil de conectar. As adutoras secundárias são maleáveis e fica um pouco difícil pressionar contra o bico, pois acaba dobrando.

Mas esse problema foi resolvido com um pouco de paciência e jeito.

Abaixo está um desenho definitivo de como ficou a distribuição das mudas e do sistema de irrigação. Mais abaixo, estão algumas fotos reais de como está o plantio.

Clique na imagem para ampliar.

Abaixo, a primeira coluna de mogno brasileiro plantada do projeto.

Reparem que o plantio é feito com um espaçamento de 4 metros entre as mudas de uma coluna e cada muda tem sua área de crescimento individual, uma vez que o alinhamento é feito igual de 2 em 2 colunas. Para manter isso, basta plantar a primeira muda de uma coluna próxima ao bico da adutora principal e, na próxima coluna, deem um espaço de 2 metros desse bico. Cortamos um pedaço de bambú reto de 4 metros para auxiliar essas medidas na hora do plantio (melhor que ficar levando trena no bolso), veja foto abaixo da dupla que faz os buracos e auxilia no plantio:

Nós três irmãos (Gustavo, Guilherme e Gabriel), participamos diretamente de todas as fases do projeto. Abaixo, detalhe de nós três, plantando no sol forte. As mudas foram bem molhadas no dia anterior, para aguentar o sol escaldante que estava no dia do plantio. Ligamos o sistema de irrigação só ao final do dia, quando finalizamos os furos dos gotejadores e os inserimos.

Os gotejadores são inseridos depois que os furos são feitos nas adutoras secundárias. Existe um furador especial (esqueci de tirar foto dele!) que, por pressão, faz a entrada certinha para o gotejador. Abaixo, um gotejador inserido na adutora secundária.

Após a finalização do plantio de boa parte das mudas, foi possível ver o sistema de irrigação em perfeito funcionamento. Tudo que foi plantado no dia recebeu gotejo. Todo dia que tiver plantio, as mudas plantadas precisam ser irrigadas ao final do dia com o sistema. Isso acontecerá até acabar o plantio de tudo.

É necessário fixar os gotejadores ao pé das mudas, para que sejam irrigadas com eficiência. Eu logo imaginei esse gotejo como mamadeira na boca de criança (todo dia, como diria meu pai, elas vão toma “dedeira” de manhã e a noite pra ficarem fortinhas). Abaixo, muda de mogno brasileiro tomando “dedeira”.

Uma coisa muito interessante nessa sistema de irrigação é a possibilidade, próximo a bomba do tanque, da inserção de um componente de sucção de adubo líquido. Próxima a saída da água na bomba, existe uma entrada (registro) onde pode-se acoplar esse componente. Assim, um adubo pode ser mandado pra todas as mudas, por gotejamento, sem haver necessidade do trabalho de campo para isso! Legal demais, não é?

Um dos grandes problemas do gotejamento é a manutenção de entupimentos. Se tiverem oportunidades de ver um gotejador, perceberão que a cavidade de saída dos pingos é extremamente pequena. Logo, concluímos que a água do tanque precisa estar sempre limpa, desde sua captação nas carneiras (nosso caso) até passar pela bomba. ISSO É FUNDAMENTAL!

Abaixo segue um exemplo do fechamento de uma adutora secundária no seu final. A foto ficou boa e permite que vejam um “8” (objeto de plástico preto) que ajuda nesse fechamento da adutora na estaca de bambú.

Bem… esses foram os detalhes do nosso final de semana de trabalho árduo. Tivemos ajuda de mais 3 pessoas: Dinho, Negão e Wado. Sem eles, não conseguiríamos nunca agilizar nosso trabalho. No final do dia a gente tomou uma cerveja, claro. (tava muito calor e ninguém é de ferro).

Qualquer dúvida que tenham, por favor, fiquem a vontade para perguntar. Assim que fecharmos todo o plantio, tiro mais fotos.

Abraço a todos!