1 mês depois do plantio…

Estive na fazenda por mais 2 vezes depois da irrigação pronta e alguns pontos importantes já podem ser notados.

A pressão no sistema de irrigação como um todo precisa de monitoramento para se assegurar que todas as mudas estão sendo irrigadas corretamente. Como temos “várias variáveis”, é necessário uma análise minuciosa sobre possíveis problemas que estejam acontecendo e impedindo que todas as mudas recebam água.

Digo isso porque o sistema de irrigação ficou um pouco falho, principalmente nas últimas filas (mais afastadas da bomba) de mudas. Mas os problemas são simples de serem resolvidos e inclusive não aconteceram logo que instalamos tudo (ou seja, o trem já funcionou direito! Vai ter que voltar a funcionar, uai!!)

 


Bom… primeiro com relação as linhas (mangueiras) secundárias, que tem os gotejadores: elas foram esticadas e amarradas ao final, cada uma na sua estaca, quando fizemos o sistema de irrigação. Mas com o tempo (sol batendo sobre elas, dilatando as mangueiras, acomodação do solo arado, etc….) elas saem um pouco do lugar, fazendo com o que as mudas passem a não receber mais o gotejamento na posição correta. Consequência disso é a lentidão no desenvolvimento das mudas, já que a água está caindo longe de onde deveria.

Segundo: Encontrei também um pequeno furo em uma das linhas secundárias. Estava esguichando muita água por esse furo, o que alterava demais o gotejamento para aquelas mudas que estavam depois dele, deixando-as praticamente sem gotejo. Tive que cortar no local da mangueira onde havia o furo e fazer uma conexão com a junta específica para a manqueira. Esse negócio de ficar colocando borracha e não sei o quê lá pra vedar não tá com nada. Tem que deixar tudo bacana para evitar erros. Borrachas (gomas de câmera de ar, por exemplo) apertam demais a mangueira que é bem maleável e alteram a pressão do conjunto, mudando tudo.

Terceiro: em decorrência de tudo isso, umas 8 mudas de mogno brasileiro precisarão ser replantadas. Elas não estão completamente secas e mortas no chão, mas como ainda temos umas 300 mudas dessa espécie no viveiro mais sadias, achamos melhor já colocá-las para já evoluirem no campo.

Bom, feitos esses reparos, esperamos que volte a ficar tudo certinho.

A grande maioria das mudas estão recebendo gotejamento perfeitamente e se desenvolvem que é uma beleza. Não tirei fotos dessa vez, mas no próximo artigo mostro como está ficando. Não tem chovido por lá, mas o sistema está fazendo sua parte.

Abraço a todos e boa semana!

Mudas 100% plantadas e irrigação funcionando perfeitamente

É … agora está tudo funcionando perfeitamente. O sistema de irrigação está ok e, desde a captação da água até o gotejamento, está tudo funcionando corretamente.




Todas as 625 mudas plantadas (cedro australiano, mogno brasileiro e guanandi) estão recebendo gotejamento, mas uma coisa percebemos: com o tempo as adutoras secundárias (onde ficam os gotejadores) vão dilatando e acomodando no terreno. Com isso, algumas delas tiraram os gotejadores da posição certinha das mudas. Tivemos que corrigir (esticar novamente) uma dessas adutoras, mas o resto está aceitável.

Mesmo que o gotejo saia um pouco do lugar, ainda é possível que a água cumpra seu papel e mantenha a muda irrigada… não precisa ser exaaaaatamente em cima da planta não. Prova disso é que o terreno está seco como um todo (pois não chove na região intensamente há algum tempo) e elas estão verdinhas, como mostra a foto abaixo, pois o gotejamento funciona bem:

Cedro Australiano - 1 mês de plantio no terreno

O terreno está bem seco, mas ao chegar perto das mudas é fácil vê-las molhadas e bem sadias, como mostra a imagem abaixo:

Terreno seco, mas as mudas estão ótimas!

Em breve será necessário fazer a aplicação de adubo/remédio no plantio. Quando isso acontecer, irei mostrar com detalhes o sistema de irrigação ajudando nessa tarefa, ao espalhar tudo pé a pé.

Assim que tiver novidades sobre o comportamento do plantio, posto aqui para vocês. Por favor, fiquem a vondade para perguntar. No que pudermos ajudar, estamos aí.

Abraço a todos e boa semana!

70% das mudas plantadas e sistema de irrigação funcionando!

Esse final de semana, extendido do feriado de 21 de abril, foi produtivo também assim como o final de semana passado. Conseguimos plantar a maioria das mudas e a irrigação está funcionando perfeitamente.

 


Tivemos problemas com o tamanho das adutoras secundárias (canos menores que passam pelas mudas) que estavam extremamente difíceis de encaixar nos bicos de saída da adutora principal. Mas esquentando a ponta das mangueiras com água quente, a ponta relaxa e fica fácil de conectar. As adutoras secundárias são maleáveis e fica um pouco difícil pressionar contra o bico, pois acaba dobrando.

Mas esse problema foi resolvido com um pouco de paciência e jeito.

Abaixo está um desenho definitivo de como ficou a distribuição das mudas e do sistema de irrigação. Mais abaixo, estão algumas fotos reais de como está o plantio.

Clique na imagem para ampliar.

Abaixo, a primeira coluna de mogno brasileiro plantada do projeto.

Reparem que o plantio é feito com um espaçamento de 4 metros entre as mudas de uma coluna e cada muda tem sua área de crescimento individual, uma vez que o alinhamento é feito igual de 2 em 2 colunas. Para manter isso, basta plantar a primeira muda de uma coluna próxima ao bico da adutora principal e, na próxima coluna, deem um espaço de 2 metros desse bico. Cortamos um pedaço de bambú reto de 4 metros para auxiliar essas medidas na hora do plantio (melhor que ficar levando trena no bolso), veja foto abaixo da dupla que faz os buracos e auxilia no plantio:

Nós três irmãos (Gustavo, Guilherme e Gabriel), participamos diretamente de todas as fases do projeto. Abaixo, detalhe de nós três, plantando no sol forte. As mudas foram bem molhadas no dia anterior, para aguentar o sol escaldante que estava no dia do plantio. Ligamos o sistema de irrigação só ao final do dia, quando finalizamos os furos dos gotejadores e os inserimos.

Os gotejadores são inseridos depois que os furos são feitos nas adutoras secundárias. Existe um furador especial (esqueci de tirar foto dele!) que, por pressão, faz a entrada certinha para o gotejador. Abaixo, um gotejador inserido na adutora secundária.

Após a finalização do plantio de boa parte das mudas, foi possível ver o sistema de irrigação em perfeito funcionamento. Tudo que foi plantado no dia recebeu gotejo. Todo dia que tiver plantio, as mudas plantadas precisam ser irrigadas ao final do dia com o sistema. Isso acontecerá até acabar o plantio de tudo.

É necessário fixar os gotejadores ao pé das mudas, para que sejam irrigadas com eficiência. Eu logo imaginei esse gotejo como mamadeira na boca de criança (todo dia, como diria meu pai, elas vão toma “dedeira” de manhã e a noite pra ficarem fortinhas). Abaixo, muda de mogno brasileiro tomando “dedeira”.

Uma coisa muito interessante nessa sistema de irrigação é a possibilidade, próximo a bomba do tanque, da inserção de um componente de sucção de adubo líquido. Próxima a saída da água na bomba, existe uma entrada (registro) onde pode-se acoplar esse componente. Assim, um adubo pode ser mandado pra todas as mudas, por gotejamento, sem haver necessidade do trabalho de campo para isso! Legal demais, não é?

Um dos grandes problemas do gotejamento é a manutenção de entupimentos. Se tiverem oportunidades de ver um gotejador, perceberão que a cavidade de saída dos pingos é extremamente pequena. Logo, concluímos que a água do tanque precisa estar sempre limpa, desde sua captação nas carneiras (nosso caso) até passar pela bomba. ISSO É FUNDAMENTAL!

Abaixo segue um exemplo do fechamento de uma adutora secundária no seu final. A foto ficou boa e permite que vejam um “8” (objeto de plástico preto) que ajuda nesse fechamento da adutora na estaca de bambú.

Bem… esses foram os detalhes do nosso final de semana de trabalho árduo. Tivemos ajuda de mais 3 pessoas: Dinho, Negão e Wado. Sem eles, não conseguiríamos nunca agilizar nosso trabalho. No final do dia a gente tomou uma cerveja, claro. (tava muito calor e ninguém é de ferro).

Qualquer dúvida que tenham, por favor, fiquem a vontade para perguntar. Assim que fecharmos todo o plantio, tiro mais fotos.

Abraço a todos!

Terreno arado e gradiado: finalizando os detalhes antes do plantio

Os dois últimos finais de semana foram bastante evolutivos.

Nesse tipo de projeto não tem jeito: é preciso esperar boa parte do tempo sem fazer nada, praticamente, só olhando para as mudas e pedido para Deus ajudar. A gente faz algumas adubações foliares de vez enquando, mas não é um trabalho tão difícil e também não se vê grande evolução no projeto como um todo nesse tipo de serviço (apesar das folhas ficarem verdinhas e a planta mais vigorosa!)

 


Então, agora é hora de mãos a obra mais uma vez (última vez que ralamos pra caramba foi quando plantamos) e fazer a coisa certa para que a qualidade das mudas obtidas dê continuidade na terra preparada. Uma série de recursos também foram preparados para que as mudas não sofram com a falta de água, mesmo que na nossa região (Jequitibá-MG) não tenha tanta falta de chuva.

Bom, baseado naquilo que foi comentado no último artigo, mostramos aqui o que foi implementado finalmente no projeto. Detalhe importante: a área que será plantada teve alterações nas dimensões. Agora, a área do terreno acaba exatamente na linha onde foi feito o reservatório formando assim uma área retangular. Isso dará a possibilidade para o plantio de 625 mudas (100m x 100m em espaçamentos de 4m x 4m). Veja como ficou o terreno já arado e gradiado (2 vezes).

Fazer esse reservatório foi uma novela. Primeiro, esperamos por trator 2 vezes em 2 finais de semana diferentes. Uma retro-escavadeira de Baldim, cidade próxima a Jequitibá e uma pá carregadeira de Jequitibá (essa foi a pior, porque o cara enrolou mesmo e não deu a mínima satisfação). Ao final, o que já tínhamos planejado no início foi feito: 4 pessoas juntaram de 6:20 da manhã até 18 horas, com 1 hora de almoço num sábado e furaram o reservatório. Tiveram sorte: não encontraram cascalho em momento algum nem raízes maiores.

O reservatório tem as seguintes medidas: 4 m de comprimento, 2,5 m de profundidade e 2 m largura. São 20 m3 de água, ou seja, 20.000 litros de água. Uma lona de piscicultura de 12m x 8m foi comprada para forrar o reservatório. Para cobrir, sombrite 5m x 4m.

Reservatório Coberto com Sombrite

O sistema de irrigação tem uma adutora principal e 25 secundárias. Nas secundárias ficam os aspersores fixados que irrigam as mudas, num raio pequeno. São 25 mudas por linhas. Essa linhas secundárias são alimentadas por uma principal, que sai da bomba. A bomba puxa a água do cano azul, mostrado na figura acima. Essa bomba tem 1cv e pode ter opção de instalação automatizada, mas não optamos por essa automatização. (não é cara!). Para encher o tanque, as 2 carneiras hidráulicas mostradas no artigo anterior trabalham.

Veja como ficou a instalação da bomba, ao lado do reservatório:

Bomba instalada

Fizemos uma casinha bacana para a bomba, para protegê-la de chuva. Percebam a adutora principal saindo da bomba. Ela alimenta as secundárias.

A lista de componentes para montar a irrigação foi a seguinte:

  • Sucção (R$161,00)
  1. Válvula de pé de 2″;
  2. Adaptador de Mangote de 2″;
  3. Abraçadeira de 2″;
  4. Mangote de 2″;
  5. Adaptador Excêntrico 1″x2″.
  • Unidade de bombeamento (R$984,50)
  1. Motobomba Schneider BC 91 SK 1,0 cv;
  2. Chave de partida 1,0 cv;
  3. Bicha de redução 3/4″ x 1″;
  4. Curva com bujão 3/4″ x 1″;
  5. Registro de esfera 1″;
  6. Niple 1″;
  7. União 1″;
  8. Adaptador 32 mm x 1″;
  9. Curva 90º 32mm;
  10. Adaptador 32mm x 1″(QJ);
  11. Tampão 32mm (QJ);
  12. Filtro.
  • Adutoras (R$ 2.071,75)
  1. Tubo PEMD 32mm;
  2. Conectot inicial 13mm;
  3. Fim de linha 13mm;
  4. Tubo PELBD 13mm;
  5. Botão gotejador;
  6. Fertirrigação.

O valor total da compra para a irrigação (negociado a vista) foi de R$ 3.217,25. Orçamento e compra feito em Lavras-MG. Essa configuração é para uma área média de 10.000 metros quadrados.

Instalamos 5 adutoras secundárias ainda no último domingo, mas estávamos muito cansados então não acabamos de instalar as 20 restantes. Deixamos esse serviço para o Dinho, nosso empregado, finalizar nessa semana.

No próximo final de semana, esperamos ver as adutoras prontas. Feito isso e testado o sistema de irrigação, plantamos as mudas!

Mostramos os detalhes disso na próxima semana.

Abraço a todos e qualquer dúvida, fiquem a vontade para perguntar.

Primeira área a ser plantada: definição da estrutura

Temos em nossa fazenda algumas áreas onde poderíamos realizar o plantio. Aplicamos formicida nelas, conforme já informamos nos nossos artigos anteriores. Agora, iremos planejar o plantio na área próxima a nossa casa, ou seja, essa será nossa primeira área a ser plantada.

 


Tomamos essa decisão de plantar primeiro próximo a casa por ficar mais fácil para nosso empregado tomar conta e analisarmos os primeiros resultados. Além disso, a irrigação será constante pois temos captação de água por carneiras hidráulicas próximo ao local. Obtendo o sucesso em 1 ou 2 anos, partimos para o terreno maior, mais longe um pouco da casa e do nosso empregado.

Bom, a partir dessa idéia, iremos definir a estrutura. Nosso plantio envolverá consórcio de cedro australiano, mogno brasileiro e guanandi, como já informado algumas outras vezes nos nossos artigos.

Estamos com umas 1100 mudas de cedro australiano, 700 mudas de mogno brasileiro e 200 mudas de guanandi. Iremos plantar as três espécies e deixaremos um percentual de15% a 20% desses totais para reposição, caso algumas mudas plantadas morram (isso tende sempre a ocorrer).

Para melhor demonstrar a área do terreno utilizado, segue abaixo um esquema. Notem que a parte branca, onde estão as legendas, realmente corresponde a uma área onde não será plantado nada, ou seja, realmente existe esse “dente” na área. Apenas na parte verde será feito o plantio.

Primeira área de plantio.

O trator será passado no terreno no máximo em 2 semanas (até final de março, segundo o que foi combinado com o dono do trator…vamos ver né…). Iremos precisar também de trator com pá carregadeira para furar o reservatório de água (não achamos uma retro-escavadeira para nos ajudar rapidamente, então será pá carregadeira).

Precisamos dos seguintes itens básicos para terminar então o plantio nessa área:

  1. Mudas prontas (ok!);
  2. Serviço de trator no terreno (pendente);
  3. Construção do tanque de água (pendente);
  4. Compra dos materiais de gotejamento (ok!);
  5. Efetuar o plantio das mudas (pendente).

As mudas de cedro australiano estão assim:

Muda de cedro australiano pronta para o plantio

As mudas de mogno brasileiro estão assim:

Muda de mogno brasileiro pronta para o plantio

Não tirei fotos das mudas de guanandi, esqueci!
: )

Tirei 2 fotos de perspectivas diferentes para entenderem o terreno claramente como ele é, olhem só:

Foto 2 - Visão lateral do terreno

Na foto 1, é possível entender onde ficará o reservatório de água onde o trator tipo pá carregadeira irá furar. É claro que para deixar o buraco em perfeito estado será necessária intervenção humana depois para acertar os lados do buraco. Mostro imagens do reservatório quando estiver pronto e explico direito sobre sua construção.

Para alimentar essa caixa d’água, próximo ao reservatório (foto 1) temos em nossa fazenda 2 carneiras hidráulicas, trabalhando constantemente, veja abaixo. São duas carneiras de tamanho 5.

Carneiras hidráulicas - tamanho 5

Bom, espero que tenham entendido o esquema como um todo. Essa é uma visão geral do projeto quase finalizado. Assim que as pendências citadas acima forem sendo finalizadas, vou explicando detalhamente cada uma.

Espero que tenham gostado das fotos e esteja sendo bom para vocês pensarem nos seus projetos.

Abraço a todos e uma ótima semana.

Resultado do remédio de formiga no terreno

O remédio fez sua parte! O trem funciona bem, mas o gasto para se eliminar em todo o terreno, principalmente em áreas maiores, claro, acaba não sendo pouco não. Mas é necessário!

Mas foi importante essa fase. Conversando com Gabriel, meu irmão formado em agronomia, ele me disse que essas formigas em quantidade realizam o trabalho igual de vacas no pasto, comendo. É isso aí. Eliminar essas formigas da região pode inclusive ajudar em pastos próximos a área de plantio e o braquiária até sobra mais para o gado.

 


Tinha formigueio lá que, guardadas as proporções, devem ser como São Paulo debaixo da terra. Formiga é um bicho extremamente organizado e eficiente.

Mas foram eliminadas. Comem demais e não fazem parte do nosso plantio.

Como aplicamos o remédio quando não chovia, tivemos êxito, ou seja, formicidas granulados atuam bem quando não há chuvas. A calda que também pode ser usada pode ser aplicada em tempos de pouca chuva, mas não sei se é efetiva quanto o granulado.

Bom… vamos passar o trator em no máximo 1 mês para realizarmos o plantio. Estou doido pra chegar essa hora! Estou indo na fazenda nesse próximo final de semana e vou tirar fotos das mudas, área onde iremos plantar e da estrutura que temos para fazer a irrigação (bombeamento por carneiras hidráulicas).

De ante mão parabenizo a todos nós. O Blog Mogno Brasileiro a cada dia “está bombando” mais e mais. A turma está participando bastante e estamos nos auto-ajudando. Muito legal!

Abraço a todos e até lá!

Jogando remédio no terreno para eliminar as formigas cortadeiras

Escolhemos o remédio e aplicamos em boa parte do terreno para matar as formigas cortadeiras. Elas são muitas, viu. Nu!

O remédio escolhido foi o Mirex e similares, ou seja, aqueles granulados que se joga a isca no olho dos formigueiros.

A coisa é incrível: os caras que desenvolveram esses remédios tiveram a capacidade de colocar essência de laranjeira neles, ou seja, as formigas muitas vezes largam o que estão carregando para poder pegar a isca! É coisa de maluco! Funciona mesmo!

Aplicamos o remédio num dia inteiro em que realmente não teve chuva, como já foi sugerido pelos nossos leitores! Com essa aplicação feita, agora é esperar para ver os resultados. Os formigueiros que jogamos são enormes. Colocamos quantidades grandes nos olhos deles.

É importante notar que não se pode jogar as iscas diretamente dentro dos olhos dos formigueiros, correndo assim risco das formigas retirarem o produto de dentro. Tem que colocar na frente do olho do formigueiro.

Identifiquem como olhos dos formigueiros as entradas as quais se percebe o maior tráfego de formigas. Nesses pontos coloquem uma quantidade generosa do produto. Façam o mesmo, proporcionalmente, para os olhos menores.

Se perceberem que existem vários formigueiros na região a ser tratada e vocês tiverem trabalhando com várias pessoas na distribuição do remédio, talvez seja interessante ir marcando os formigueiros que já se tratou, para que futuramente se perceba os resultados e saibamos que ali já foi tratado. No futuro, um formigueiro não marcado pode ser indício de um novo formigueiro não identificado ali até então, por exemplo.

Caso marquem os formigueiros com o plástico do remédio, por exemplo, é necessário ficar atento para esse ir para a pastagem (se for o caso) e animais comerem! Fixem bem o objeto de marcação para que não solte e não fique tão a mostra para animais de criação.

Marcar os formigueiros é apenas uma idéia para terrenos maiores. Nem sempre isso é necessário, claro.

Bom… agora é esperar para ver o resultado… Conto para vocês como ficou assim que voltar novamente no terreno.

Abraço a todos e uma ótima semana.

Operação Mata Formigas

A partir de agora começaremos com uma nova série: Operação Mata Formigas.

Primeiro, focamos na produção das mudas em nosso viveiro. Conseguimos produzir, depois de errar e acertar, bastante mudas de mogno brasileiro, teca, guanandi e cedro australiano. Estamos com uma quantidade muito boa e estamos as mantendo com adubações constantes. Estão com ótima aparência e qualidade, reforçadas pelas chuvas que vem caindo ultimamente também.

Agora é hora de começar a pensar no preparo do terreno. E a fase I é matar formiga!

Estamos decidindo se utilizaremos formicidas a base de iscas, como o Mirex, por exemplo, ou algum outro feito como “calda”. (Esses links que sugeri da isca e da calda são meramente ilustrativos. Estamos esconhendo ainda qual usar, dentre as várias marcas existentes no mercado!)

Ambos atuam de forma diferente e têm resultados bastante satisfatórios.

Enquanto tomamos essa decisão e compramos os produtos para atacar as formigas cortadeiras (que já analisamos o terreno está cheio delas, com vários fomigueiros maiores que um carro!), esperamos também dicas dos nossos acompanhantes aí do Blog sobre como atuar melhor com esse grande problema.

Contamos com ajuda de todos com sugestões e em breve mostro nossas fotos atuando no terreno para matar as danadas!

Abraços e Feliz 2009 a todos!

Nosso Projeto e o semeio

Fizemos o projeto. Constituiu basicamente em reunir varias informações já existentes na literatura e adaptar para o Mogno. Calculamos a parte nutricional para a futura muda e as manutenções com adubações foliares da muda ainda no viveiro. Para isso é fundamental o conhecimento da “Lei dos mínimos (link para um arquivo PDF)” que aprendemos nas disciplinas de Fertilidade dos solos dentre outros conceitos de Nutrição vegetal.

É indispensável o uso de macro e micro nutrientes para a formação de uma boa muda mantendo a muda bem vigorosa. A “teoria da Trofobiose” que aprendemos em cursos ou disciplinas de Agricultura Orgânica nos explica muito bem a importância de uma planta bem nutrida. Depois do projeto já feito, semeamos aproximadamente 1400 sementes no último final de semana.

O Gustavo e o Guilherme já havia enchido mais de 60% dos saquinhos. O restante eu passei a ajudá-los com mais 2 colegas nossos. As costas doíam um pouco. Mas o prazer de ver o viveiro a cada minuto sendo preenchido com os saquinhos era um estimulante para gente e fazia esquecer um pouco da dor. Nós não perdíamos tempo. Durante as tarefas já era traçado novos objetivos.

Durante o semeio a gente conversava sobre as sementes do Mogno. Ela possui uma estrutura talvez definida como pericarpo. “Essa estrutura parece ser uma defesa natural da espécie utilizada como um artifício para perpetuação da mesma”. Essa foi a primeira idéia que o Guilherme mencionou. Essa estrutura poderia fazer a semente boiar e com isso se dispersar a longas distancias via enxurradas após fortes chuvas, água de rios, córregos etc. Concordei com ele e além disso completei dizendo que poderia servir também como uma camada protetora e armazenadora de umidade, mantendo a semente sempre com umidade constante permitindo um maior sucesso na germinação. Mas isso também poderia ser um ambiente favorável para desenvolver fungos. Bom, com isso pensamos em retirar o que chamamos de pericarpo e deixar apenas os tecidos de reserva e o embrião. Nossa teoria é que sem a estrutura seria uma barreira a menos para emissão do eixo embrionário e com isso as sementes poderiam germinar mais precocemente que as outras sementes que não retiramos a estrutura e também evitar a atuação de fungos oportunistas na estrutura esponjosa e na semente diminuindo a viabilidade das sementes.

Dai surgiram mais idéias. Separamos 10 sacolinhas para avaliar a germinação. Os tratamentos foram; sementes sem a estrutura deixadas de molho na água, sementes com a estrutura deixadas de molho na água. Para avaliar qual substrato será mais eficiente destinamos algumas sacolinhas com 2 formulações de substrato diferentes. Para comprovar e ter um padrão, separamos 5 sacolinhas somente com terra e esterco para compor o substrato.

Estamos ansiosos para ver as futuras mudas começarem a emergir do solo. A germinação inicia entre 15 – 20 dias. O Dinho está firme lá. Fazendo 2 irrigações diárias. Estamos formando um grupo bem entrosado. Esperamos contribuir essa energia para a natureza produzindo muitas mudas e futuras árvores.

Abraço!

Inseticida para salvar o mogno

Inseticida para salvar o mogno

A grande procura pela madeira de mogno (Swietenia macrophylla ), a exploração predatória e o conseqüente risco de extinção levaram ao reflorestamento da planta na região amazônica. O problema é que a lagartaHypsypyla grandella , conhecida como broca-do-mogno, ataca a árvore, impedindo seu desenvolvimento, especialmente no reflorestamento, onde a densidade é muito maior que na floresta. Uma equipe da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCAP), liderada pelo pesquisador Orlando Shigueo Ohashi, achou uma solução conjugada para a questão.

Com a colaboração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e o apoio financeiro do Banco da Amazônia e da SECTAM/Funtec, Ohashi cultiva o mogno ao lado do cedro-australiano ou cedro vermelho (Toona ciliata ), cuja planta atrai para si cerca de 80% das posturas feitas pelas mariposas da broca-do-mogno. Quando os ovos eclodem, as lagartas se alimentam das folhas do cedro-australiano, mas morrem por causa de algumas substâncias tóxicas da planta.




Ocorre que 20% das posturas são feitas no próprio mogno. Para combatê-las, Ohashi criou uma cola à base de polibuteno misturada a um inseticida químico do grupo dos piretróides, muito usado no Brasil. “Colocamos dois pingos da Colacid somente na brotação nova das plantas de mogno em crescimento”, diz o pesquisador. O produto mostrou-se eficaz no controle da praga sem ser tóxico para a planta. Mais uma vantagem: o custo é muito baixo. O tratamento em um hectare com 100 plantas de mogno sai, em média, R$ 24,00 por ano (Colacid e mão-de-obra).